Um Programa de Gestão em Ergonomia (ou Gerenciamento Ergonômico) tem como objetivo diagnosticar situações problema nas atividades de trabalho, estabelecer mecanismos de controles e avaliação das ações desenvolvidas.
Existem muitas vantagens para o profissional de ergonomia que empreende uma consultoria (assessoria) nessa área:
- Garante estabilidade em sua prestação de serviços, pois os programas de Gestão tem duração maior que as consultorias pontuais
- Permite uma previsibilidade (e provável aumento) de suas receitas –> garantida pela negociação de suas horas mensais de prestação de serviços
- Possibilita maior chance de sucesso em suas ações, pois é possível alinhar as estratégias do programa com as estratégias da empresa
Entretanto, estruturar o gerenciamento ergonômico depende de uma correta implementação do profissional, que precisa entender as reais necessidades do seu cliente.
Citamos nesse artigo 3 pilares fundamentais.
1. Diagnóstico inicial
Iniciar um programa de gestão sem que haja um correto diagnóstico das necessidades é o maior erro que o ergonomista pode cometer.
Identificar os problemas principais (e potenciais), além de determinar a criticidade de todo perigo existente nos ambientes de trabalho é um passo que pode ser estabelecido pela Análise Ergonômica do Trabalho.
O ponto central das análises ergonômicas deve se concentrar no diagnóstico das situações de trabalho e nas recomendações de melhoria condizentes com os achados no relatório.
2. Controles do Programa de Gestão
Uma vez que o diagnóstico foi elaborado, criamos uma base dos indicadores que serão acompanhados ao longo do desenvolvimento do programa, no Plano de Ação.
Na verdade, os indicadores devem ser estabelecidos com base nas necessidades das empresas e dos trabalhadores, permitindo acompanhar a evolução dos sistemas de trabalho.
Alguns exemplos de indicadores que podem ser empregados no programa: (1) Número de recomendações x Número de ações implementadas, (2) Evolução de criticidade dos riscos, (3) Efetividade das ações, entre outros.
3. Avaliação e Replanejamento
Um programa de gestão só avança quando existem avaliações críticas de efetividade!
Veja que não é tão fácil apontar erros, falhas ou inconsistências naquilo que nós produzimos.
É muito importante que as avaliações atendam alguns parâmetros:
- Seja realizada de forma independente – interna ou externamente
- Tenha critérios bem definidos – indicadores, tempo
Uma avaliação de criticidade deve sempre indicar pontos de sucesso do programa, falhas ou inconsistências que devem nortear as melhorias/direcionamentos da gestão.
No vídeo abaixo comentamos na íntegra esses pontos descritos no artigo.