Cinesiologia e biomecânica do ombro

O complexo do ombro é dotado de uma importante associação de mobilidade e estabilidade, necessárias à movimentação do membro superior, em especial da mão.

A função primária do segmento é justamente conferir à mão a possibilidade de alcançar objetos no espaço, interagindo com o ambiente e executar as mais diversas atividades do dia-a-dia.

A complexa estrutura do ombro compreende a junção de 3 ossos (úmero, clavícula e escápula, articulações (glenoumeral, acromioclavicular, esternoclavicular) e uma pseudoarticulação (escapulotorácica).

Existem alguns aspectos biomecânicos que são importantes de antes de continuarmos com nosso estudo:

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  • A cavidade glenóide (porção articular da escápula) é rasa, conferindo grande movimento a articulação. A profundidade desta cavidade é aumentada em aproximadamente 50% por uma projeção denominada lábio fibrocartilaginoso;
  • Anteriormente possui uma estrutura proeminente que serve de proteção articular e ponto de inserções musculares, chamado processo coracóide;
  • Superiormente a estrutura que fornece proteção a articulação é chamada de acrômio e articula-se anteriormente com a clavícula

A articulação do ombro (glenoumeral) é a mais móvel do ombro, possuindo 3 graus de liberdade e permitindo movimentos em todos os planos corporais.

Isso permite que a articulação realize movimentos de:

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  • Flexão e abdução, com até 180 graus de amplitude, contando com a participação da rotação escapular
  • Extensão, com aproximadamente 45-50 graus
  • Adução além da linha média (com leve flexão), de até 45 graus. Importante dizer que a volta da abdução é chamada de adução relativa
  • Rotação interna de 100-110 graus, com o membro posicionado atrás do corpo
  • Rotação externa de 80-90 graus
  • Abdução horizontal com até 140 graus e adução horizontal com aproximadamente 30-40 graus

Estabilização articular do segmento

Devido a grande mobilidade, a articulação do ombro carece de uma estabilização mais efetiva. Entretanto, temos algumas estruturas que fornecem estabilidade dinâmica e estática ao complexo:

  • Estabilização estática: Os limitadores estáticos incluem a curvatura anatômica do úmero e da cavidade glenoide, a profundidade adicional do lábio glenoidal, a pressão articular negativa e limitações ligamentares – em especial dos glenoumerais anteriormente e dos coracoumerais superiormente
  • Estabilização dinâmica: mecanismo complexo, que depende dos fatores anatômicos e estáticos já mencionados. Entretanto, temos como importante mecanismo estabilizador dinâmico a ação do grupo muscular conhecido como manguito rotador (supraespinhal, infraespinhal, redondo menor e subescapular), a cabeça longa do bíceps braquial e o músculo tríceps, todos trabalhando no mecanismo de “compressão articular”, isto é, mantendo o contato articular de maneira fisiológica.

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